Série Expedições Alcoólicas: Vinny Valcanaia fala sobre o bar La Bodega

Numa participação mais do que especial, o cinéfilo Vinícius Valcanaia compartilha com os leitores do Tudo de Cri sua nova descoberta em termos de bares criciumenses. Vinny foi conferir o La Bodega, um novo bar próximo ao Teatro Elias Angeloni, e simplesmente adorou o lugar, os drinks e o atendimento. Confira a opinião desse especialista em filmes e bares:

Jornalismo Gonzo: nosso enviado especial desvendando o interior dos bares

Quem me conhece sabe que eu adoro um boteco. É a quarta grande paixão da minha vida, sentar numa mesa de bar com os amigos e entortar todas, falar bobagem e esquecer do

mundo, com estilo, bom humor e calhordice.

Desconte a calhordice e priorize o estilo e o bom humor: pronto, você está no La Bodega, a mais adorável opção noturna dos bares criciumenses. Não estou desmerecendo os bares habituais, claro, mas já fazem parte da rotina e estamos cansando da ciranda Happy-Rota-Choppana-Cachaçaria.

Em nenhum desses bares ferventes, fui recepcionado na porta com a gentileza do Carlos, ou quem sabe Charles (efeitos do porre), que fez questão de esclarecer: “Primeira vez no La Bodega? Estão fudidos!”.

O ilustre proprietário traz mais de 150 drinks na bagagem e se você não achar no cardápio algo para lhe agradar, é só pedir que ele arranja entre risos e simpatia.

Maior coincidência é o garçom: o Marcos, figura que já passou pelos melhores bares da cidade e hoje está no La Bodega. Ficamos no compromisso de um Bloody Mary para a próxima vez.

É o primeiro bar da cidade que traz no cardápio o delicioso Mojito Cubano (que eu tomei uns dez), o Blue Moon, uma Marguerita porreta, o Whiskey Sour e um Hi-Fi tradicional, feito com suco de laranja verdadeiro, sabes? Não aquele de latinha com gosto de cabo de guarda-chuva. Sim, provamos quase a maioria do cardápio, caro leitor. Afinal, era uma missão de reconhecimento e fui preparado para qualquer intempérie etílica. O fígado agradece e o meu cardiologista que não leia isso.

O cardápio é ótimo, recomendo a faustosa tábua de frutos do mar e para a turma light, o local descola umas saladinhas caprichadas, tipo a Salada Thai, com frango, manga, palmito e o escambau.

Se todas essas opções e as palavras apaixonadas deste boêmio não lhe convenceram, vem aí a cereja no topo: como cortesia, a casa oferece “shots” na mesa para os clientes, num ritual de iniciação.

Lembra do “Estão fudidos!” dito pelo proprietário na entrada?

Então, esteja preparado para quebrar copos (como eu fiz) durante a tentativa de tomar o Curaçau pegando fogo, vá com o seu amor para tomar um drink afrodisíaco feito de licor de chocolate e leite condensado e prepare a mandíbula para a finaleira, pois você terá que pegar o copo com a boca e virar no gut-gut, sem babar nos amigos ao redor.

Haja mandíbula!

Criciúma é um lugar afeito a coisas extraordinárias e nos fundos do La Bodega, encontra-se um estabelecimento suspeito. Se meu olhar não me traiu e a pinga não confundiu, acho que o nome é “Garralho’s Bar”. Será que é digno de uma expedição alcoólica?

(Um abraço para as companhias da noite não poderia faltar: Bibi, Daniela, Paulo, Carol, Bruna, Nina e Lucas. A ausência da Ana, da Juliana e do Alex poderia ser imperdoável, mas já foi justificada e absolvida diante do conselho)