Destruição de quinta-feira, 19 de novembro

colaborador:
Thomas Bergmann

Dia 19/11 estava eu em casa me preparando para ir a Jacinto Machado, quando olhando da janela do meu quarto, em fração de segundos, tudo se tornou areia.

Era uma imensa nuvem de poeira que levantou em pleno centro de Criciúma, em plena tarde de quinta-feira. Árvores praticamente deitadas no chão, placas dando piruetas, e todo o ar virou uma imensa nuvem de poeira, em que não podia se ver quase nada a poucos metros de distância. Um barulho ensurdecedor que arrastava tudo o que tinha pela frente e fazia as pessoas correrem desesperadamente.

Pessoas no prédio da frente apavoradas olhando também pela janela gesticularam para mim: “o telhado ali... caiu!!!!!!”. Realmente nunca tinha visto nada igual em toda a minha vida. Foram poucos minutos de tensão e ansiedade para que tudo acabasse. Rajadas vinham de todos os lados nas mais diferentes intensidades, causando os estragos imagináveis que ocorreram naquela antes tranqüila tarde.

Após o grande susto, continuei meu caminho a Jacinto Machado. Sem energia elétrica e no escuro, prossegui atá a garagem. Peguei o carro e fui observando os estragos. Na rodovia de acesso à BR101 bati essas fotos que estão publicadas aqui. Eram outdoors dos mais variados tipos caídos, árvores enormes bloqueando passagens e demolindo carros que estavam no lugar errado e na hora errada, postes caídos, postos de combustível retorcidos, galpões com seus telhados arremessados como se fossem feitos de papel......

Uma quinta-feira que eu gostaria de ter passado tranquilamente, como todas as outras, mas que infelizmente se tornou um sinal do que ainda iremos enfrentar daqui pra frente, se ainda continuarmos neste descaso com a natureza.